Educacional
Oriz Educacional: Episódio 05 - Precificação de Renda Fixa
29 de maio de 2025 às 18:07:05
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No quinto episódio do Módulo de Renda Fixa do Oriz Educacional, Thaís Pestana, da área de Investimentos Offshore, e Eduardo Furtado, da Gestão Patrimonial, discutem em profundidade a Precificação de Renda Fixa, abordando os conceitos de marcação na curva e marcação a mercado.
Eduardo inicia explicando que a renda fixa possui características relevantes, como fluxo de pagamento previsível, composto por juros e principal, periodicidade definida e menor volatilidade em comparação às ações. Segundo ele, essa previsibilidade influencia diretamente a forma como os ativos são marcados e precificados.
Ele detalha que a marcação na curva consiste em atualizar diariamente o valor do título com base na taxa de remuneração acordada no momento da aplicação. Por exemplo, um papel adquirido por R$ 1.000,00 com rendimento de 10% ao ano será marcado a R$ 1.100,00 ao fim de 12 meses. Essa abordagem reflete a evolução esperada do ativo até o vencimento, desconsiderando oscilações de mercado.
Já a marcação a mercado busca refletir o valor atual e real do título com base nas condições do mercado secundário, como variações nas taxas de juros e no risco percebido do emissor. Eduardo explica que, quando as taxas de juros sobem, os preços dos títulos caem, já que novos papéis oferecem uma remuneração mais atrativa, tornando os anteriores menos competitivos. Por outro lado, quando os juros caem, os preços sobem. Apesar de ser mais volátil, a marcação a mercado oferece maior transparência e representa de forma mais fiel o valor da carteira em tempo real.
Para ilustrar esses conceitos, Eduardo apresenta o gráfico de um título real emitido no mercado, lançado a mil reais com remuneração de CDI + 0,49%. Ele demonstra como o preço do papel variou ao longo do tempo, influenciado por alterações no spread de crédito.
Ao final do episódio, Eduardo reforça que a marcação a mercado proporciona mais transparência na precificação dos ativos em carteira. Essa prática, que antes não era obrigatória para determinados papéis de crédito privado, tem ganhado espaço e regulação, contribuindo para um mercado mais eficiente e confiável.
Confira aqui o episódio.